Ao fechar os olhos
quase te toco,
você é tão real
que me assusta.
quase te toco,
você é tão real
que me assusta.
Faz parte eu sei
do meu imaginário.
Mas te imagino real
Criei-te para ser
meu par perfeito.
Igual aquele
dos contos de fada.
Um príncipe encantado
Gentil, carinhoso
Que me ame
Deseje-me.
Quer-me feliz
Faz-me viver,
Faz-me sonhar
Sonho meu próprio sonho
.
do meu imaginário.
Mas te imagino real
Criei-te para ser
meu par perfeito.
Igual aquele
dos contos de fada.
Um príncipe encantado
Gentil, carinhoso
Que me ame
Deseje-me.
Quer-me feliz
Faz-me viver,
Faz-me sonhar
Sonho meu próprio sonho
.
izilgallu
foto de Antonio Sta.Clara
Um comentário:
Uauu,,,, como o sonho comanda a vida, deixo-te aqui um poema, de António Gedeão, que se calhar conheces, mas se não conheceres passas a conhecer,,,, e que foi utilizado para uma canção fantástica de raíz popular portuguesa,,,,, desculpa se é longo,,, mas creio ser lindo, para juntar a esse teu sonho.... aqui vai:
Pedra Filosofal
Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
In Movimento Perpétuo, 1956
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