Não sou mais a mesma pessoa,
mudei, tantas coisas mudaram,
como a fruta que o tempo transforma.
Numa foto antiga,
em que nem reconheço meu rosto
em que nem reconheço meu rosto
,...mas isso não é desgosto!
É o espaço.
O espaço que hoje ocupo,
O espaço que hoje ocupo,
sem culpa, que mudou minha figura
e ultrapassou qualquer decisão.
É claro que o acerto se deu,
pelo tempo de viver e tentar.
Sou mais forte, concreta, secreta,
até mudo, para saber escutar.
Como um livro certamente interminável,
do que tenho a aprender.
E a vida se estica a cada momento,
surpresas, tristezas, belezas,
tentativas e eu querendo sempre um pouco mais.
Meus sentimentos, maduros ou carentes,
sofridos, cansados, amados, sonhados...busquei.
Foram tantas as esquinas, as curvas, os deslizes,
que nem posso calcular.
Mas, um dia desses, sem querer, sem avisar...eu sei.
Mas, um dia desses, sem querer, sem avisar...eu sei.
A vida, essa que é minha, vai voar.
Então só quero me tornar pássaro,
um pássaro livre, de penas leves,
um pássaro livre, de penas leves,
vôo tranqüilo, olhar doce e canto feliz.
Voar bem alto.
O mais alto que puder.
Ter comigo somente o vento e o silêncio,
mas, não será solidão!
Meus sentimentos estarão presentes...eternamente.
Nas batidas do meu coração!
espaço aberto para inclusão de uma linda poesia de Eliane Marinho Senra
foto de Jorge Rodrigues
2 comentários:
Belo e triste como o fim de um romance.
Lindo poema mamãe, e vc será sempre lembrada pelas sua grande força e decisÕes. Pelo seu amor incondicional, pela sua luta e insitência quando quer uma coisa e a faz acontecer.
bjs
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